Comer um bom sorvete em terras brasileiras não é tão simples assim. Não temos tradição em fazer essa maravilha gelada e quando encontramos alguma sorveteria genuinamente brasileira que tenha um produto legal, os sorvetes de fruta geralmente são os mais indicados.
Mas se limitarmos o universo dos sorvetes aos que podemos comprar em potes de litros, em qualquer super mercado, aí mesmo que a coisa fica feia.
As marcas que estão disponíveis por aí, nesses freezers mal regulados diga-se de passagem, onde frequentemente se compra sorvete re-congelado ou completamente mole, definitivamente não prezam pela qualidade. Posso citar dezenas que sorvetes ruins tais como Kibon e Nestlé, que não passam de "creme de barbear com açúcar" como ouvi um tempo atrás de um italiano reclamando! E haja açúcar, gordura e ar! E nada de sabor...
O que fazer? Apelar para o maravilhoso Häagen-Dazs?! Sim, qualquer um... Dulce de Leche imbatível, Chocolate Belga, Baileys, o incrível Caramel Biscuit & Cream... Esses eu realmente recomendo. É possível encontrar sempre no Hippo Supermercados e no Angeloni também, porém com menos variedade de sabores e com oscilações absurdas nos preços, que vão de R$16 a R$23 o pote de 470ml. Mas vale cada bola. Ao lado, uma edição limitada que infelizmente não existe mais... Sorvete de cheesecake de Limão Siciliano! Loucura... O sorvete em si era suave, de cheesecake cremoso, e você encontrava pedacinhos que se desmanchavam da massa de torta e rajadas de limão... hmmmmm...
Uma outra marca bem interessante também, encontrada agora no Angeloni é a Siviero Maria, com um valor mais amigável, não tão escandalosamente bom, mas gostoso também. É italiano, e tem sabores bem diferentes: limão siciliano (cítrico até demais), pistache (uma delícia!), tiramisu, pannacota, amarena, etc... Eles vêm com cobertura e pedacinhos dos ingredientes, como por exemplo o de pistache tem pistaches em cima, de chocolate tem raspas de chocolate e calda, e por aí vai.
Dos mais industrializados e que não são originais daqui, recomendo também os picolés "do ursinho", aquela marca que tem um ursinho branco, o Gelato Diletto, de SP. Se você ver esse freezer em algum estabelecimento, como La Padá e restaurantes à quilo, experimente. São como sorvetes cremosos no palito, em quase nada lembram picolés duros e com mais água que sabor. São feitos com matéria prima italiana, e muito muito macios e cremosos. Uma delícia é o de Iogurte com Limão e qualquer um que tenha casquinha de chocolate belga! A Diletto possui potes de sorvete em "massa", mas aqui em Floripa ainda não encontrei um local que vendesse. Vi em Curitiba, no Lucca Café e sei que até pouco tempo atrás, na Lá Padá as sobremesas que vinham acompanhadas de bolas de sorvete, o sorvete era Diletto.
A busca por essas delícias geladas continua...
Fazendo um adendo: Sugestão de picolé de fruta saborosíssimo bem brasileiro e apropriado para o verão é a marca Sabor do Cerrado. Uma variedade enorme de frutas brasileiras de várias regiões que não encontramos aqui outros picolés assim: Cagaita, Cajá, Caju do Cerrado (delicioso e com uma cor avermelhada), Gabiroba, Jabuticaba, Melancia, Tamarindo, Taperebá, Umbu, etc. A lojinha fica no Sta. Mônica mas têm distribuição no verão apenas, em carrinhos na praia de Jurerê.
Sabor do Cerrado
Madre Benvenuta, 1584 - Santa Mônica
O assunto é comida
Pérolas gastronômicas em Florianópolis.
22 de janeiro de 2013
21 de janeiro de 2013
Em busca de um bom gela-guela
Saborear um bom sorvete em Florianópolis até pouco tempo atrás, não era uma tarefa fácil. Na terra do "já teve" a Gelateria da Parmalat que já existiu aqui em dois endereços (pasmem!) fechou! E por falar nisso, melhor petit gateau com sorvete de leite que já existiu!
Outra delícia que infelizmente cerrou as portas, não me recordo o nome, era uma sorveteria de primeira, tocada por um italiano, seu Eugênio, que tinha outras lojas em Buenos Aires, e para a nossa sorte e seu azar, abriu uma na Alves de Brito, no centro. Ele montou uma estrutura cara, infelizmente, trazia os insumos da Itália e numa época em que aqui não se tomava sorvete no inverno, ninguém comprava outra coisa senão Kibon, o negócio durou pouco. Esse sorvete sim era um dos melhores, e tenho na memória seu sabor e textura, e nunca esqueço o método de produção do seu Stracciatella, do italiano stracciato ("reduzir em partes", "flocado"), o nosso brasileiro sorvete de flocos. Ele preparava um maravilhoso sorvete de baunilha e, com uma calda de chocolate meio-amargo (de verdade, sem gordura hidrogenada) quente e líquida, ele ia incorporando manualmente ao creme gelado, aos poucos, e as "gotas"de chocolate iam se solidificando e nascia uma sobremesa incrivelmente deliciosa! Foi lá que conheci outros sabores como o verdadeiro sorvete de Zabaione, que vem da sobremesa italiana, muito leve, que se obtém batendo gemas, açúcar e vinho Marsala.
De uns tempos para cá, com a explosão dos yogurt frozen, diversas opções surgiram e sorvetes artesanais também foram re-aparecendo por aqui.
Hoje já contamos com algumas opções bem interessantes, tal como a Gelateria do Max, na Lagoa e mais recentemente uma loja nova na Beira-Mar Norte, próximo ao Boteco da Ilha e Confeitaria Chuvisco. Lá você pode experimentar sorvetes beeem cremosos, e são esses que valem a pena: primeiro o delicioso Pinguim, um sorvete de nata com um creme espesso de chocolate e avelãs, como se fosse Nutella. O chamado Gellat'amo funciona como uma versão "negativa"do Pinguim, pois o sorvete é escuro, de chocolate e o creme é claro, um creme de avelãs bem doce, bem semelhante ao recheio do chocolate "Kinder Bueno. Delícia. Outros sabores também são interessantes, como o de Baunilha com raspas de limão siciliano e o Chocolate amargo (sem leite). Um tanto gordurosos na boca, característica que percebi nas primeiras vezes que experimentei, mas que acredito ter melhorado com o tempo, e com uma massa densa muito cremosa e sem injeção de ar perceptível, esse sorvete é uma ótima opção aqui na ilha. Pontos para a Gelateria do Max, que o Max, o proprietário italiano está sempre presente, de olho em tudo, e isso sem dúvidas é positivo para o seu negócio.
Outro sorvetinho bem especial, perto do Max inclusive, localizado desde 1976, na Travessa Harmonia, é uma dessas pérolas que poucos nativos conhecem. É o sorvete de Dulce de Leche, do velhinho argentino Seu Bernardo, da sorveteria La Cigale. Ele mesmo faz o doce de leite, e a partir dessa essa matéria prima maravilhosa, faz um sorvete que não tem outro igual na ilha. Tem também na versão Dulce de Leche com Nozes, muito boa. Ele vende também na caixinha de isopor para levar.
Já estou preparando um próximo post sobre os sorvetes industrializados, para o desafio de encontrar uma opção gostosa no super mercado.
Sorveteria do Max
Avenida Afonso Delambert Neto, 619 - Lagoa da Conceição
Av. Jornalista Rubens de Arruda Ramos, Beira-Mar Norte
La Cigale
Travessa Harmonia, 45 - Centro
Outra delícia que infelizmente cerrou as portas, não me recordo o nome, era uma sorveteria de primeira, tocada por um italiano, seu Eugênio, que tinha outras lojas em Buenos Aires, e para a nossa sorte e seu azar, abriu uma na Alves de Brito, no centro. Ele montou uma estrutura cara, infelizmente, trazia os insumos da Itália e numa época em que aqui não se tomava sorvete no inverno, ninguém comprava outra coisa senão Kibon, o negócio durou pouco. Esse sorvete sim era um dos melhores, e tenho na memória seu sabor e textura, e nunca esqueço o método de produção do seu Stracciatella, do italiano stracciato ("reduzir em partes", "flocado"), o nosso brasileiro sorvete de flocos. Ele preparava um maravilhoso sorvete de baunilha e, com uma calda de chocolate meio-amargo (de verdade, sem gordura hidrogenada) quente e líquida, ele ia incorporando manualmente ao creme gelado, aos poucos, e as "gotas"de chocolate iam se solidificando e nascia uma sobremesa incrivelmente deliciosa! Foi lá que conheci outros sabores como o verdadeiro sorvete de Zabaione, que vem da sobremesa italiana, muito leve, que se obtém batendo gemas, açúcar e vinho Marsala.
De uns tempos para cá, com a explosão dos yogurt frozen, diversas opções surgiram e sorvetes artesanais também foram re-aparecendo por aqui.
Hoje já contamos com algumas opções bem interessantes, tal como a Gelateria do Max, na Lagoa e mais recentemente uma loja nova na Beira-Mar Norte, próximo ao Boteco da Ilha e Confeitaria Chuvisco. Lá você pode experimentar sorvetes beeem cremosos, e são esses que valem a pena: primeiro o delicioso Pinguim, um sorvete de nata com um creme espesso de chocolate e avelãs, como se fosse Nutella. O chamado Gellat'amo funciona como uma versão "negativa"do Pinguim, pois o sorvete é escuro, de chocolate e o creme é claro, um creme de avelãs bem doce, bem semelhante ao recheio do chocolate "Kinder Bueno. Delícia. Outros sabores também são interessantes, como o de Baunilha com raspas de limão siciliano e o Chocolate amargo (sem leite). Um tanto gordurosos na boca, característica que percebi nas primeiras vezes que experimentei, mas que acredito ter melhorado com o tempo, e com uma massa densa muito cremosa e sem injeção de ar perceptível, esse sorvete é uma ótima opção aqui na ilha. Pontos para a Gelateria do Max, que o Max, o proprietário italiano está sempre presente, de olho em tudo, e isso sem dúvidas é positivo para o seu negócio.
Outro sorvetinho bem especial, perto do Max inclusive, localizado desde 1976, na Travessa Harmonia, é uma dessas pérolas que poucos nativos conhecem. É o sorvete de Dulce de Leche, do velhinho argentino Seu Bernardo, da sorveteria La Cigale. Ele mesmo faz o doce de leite, e a partir dessa essa matéria prima maravilhosa, faz um sorvete que não tem outro igual na ilha. Tem também na versão Dulce de Leche com Nozes, muito boa. Ele vende também na caixinha de isopor para levar.
Já estou preparando um próximo post sobre os sorvetes industrializados, para o desafio de encontrar uma opção gostosa no super mercado.
Sorveteria do Max
Avenida Afonso Delambert Neto, 619 - Lagoa da Conceição
Av. Jornalista Rubens de Arruda Ramos, Beira-Mar Norte
La Cigale
Travessa Harmonia, 45 - Centro
17 de novembro de 2011
Hamburguinhos: sejam bem-vindos!
Demorou mas encontrei, na ilha, um hamburguer de verdade. E que hamburguer. Num local improvável, num bar da moda, super badaladinho, mas que pelo jeito leva a sua comida a sério.
E fico muito feliz por isso!
Já havia ido ao Benvenuto Bar quando inaugurou, mas nada me chamou muito a atenção por lá, exceto o fato de eles servirem a Leffe Brune, mas que infelizmente não durou muito tempo.
Benvenuto Bar
Av. Madre Benvenuta, 1248, Santa Mônica, Florianópolis.
E fico muito feliz por isso!
Já havia ido ao Benvenuto Bar quando inaugurou, mas nada me chamou muito a atenção por lá, exceto o fato de eles servirem a Leffe Brune, mas que infelizmente não durou muito tempo.
Mas a última gloriosa descoberta foi a porção de mini-hamburguinhos!!! São 3 delicinhas, cada um com um queijo diferente: Mozzarela, super cremosa, bem derretida. Brie: um "naco" bem servido, sem economias. Cheddar: Pasmem, "o queijo" de verdade, nada daquelas fatias quadradas de mistura de gordura vegetal e queijo processado sabor cheddar.
Quando a garçonete chegou com o prato, uma importante propriedade pode ser observada quando se pede hamburguer: é a proporção entre altura do pão e grossura da carne. Nesse caso, estava perfeito, os hamburgueres, mesmo sendo mini em diâmetro, eram altos, gordos e suculentos. Isso já foi um ótimo indício de que o prato valeria à pena.
O fato de ser mini também nos leva à hipótese de que o pão deveria ter sido feito especialmente para aquele prato, ou para o estabelecimento, eliminando as chances de ser um pão de hamburguer regular-ruim comprado em qualquer mercado. Ponto para o Benvenuto!
Extremamente saborosa, a carne estava no ponto ideal de cozimento, perfeitamente salgada e muito muito muito gostosa. Os queijos cumpriram seu papel, e o cheddar teve destaque. Arrisco dizer que foi um dos melhores, senão o melhor hamburguer que já provei.
Para acompanhar, pedimos batatas fritas, que vieram servidas graciosamente numa cesta de fritar, e acompanhadas da queridinha das frituras: a maionese caseira verde! Sem ela, nada mais faz sentido…
Para acompanhar, uma Franziskaner Hell é uma ótima pedida. Para finalizar ou esperar o pedido, o Cosmopolitan de lá, extremamente bem executado, é uma boa opção também.
Esperando que não tenha sido um dia de sorte, posso dizer que o atendimento estava excelente, a banda muito boa (competindo com o UFC ao vivo), e foi uma noite ótima. Mesmo com as televisões enormes totalmente dispensáveis (não entendo porque sair de casa para se é para assistir tv), isso não estragou o clima do local e a boa experiência gastronômica.
Benvenuto Bar
Av. Madre Benvenuta, 1248, Santa Mônica, Florianópolis.
14 de setembro de 2011
O melhor bistrô de Florianópolis fica em São José
Me apaixonei! Sim… O Joy Joy Bistrot que inaugurou recentemente está arrasando corações e paladares! Ah, é de encher os olhos também…
Começando pelo começo: o lugar é divino! O restaurante foi instalado numa casa antiga, geminada, ao lado de outros tantos casarões históricos no centro antigo de São José. Uma fachada gracinha, estreita e que esconde um mundo de sabores e sensações! Quem vê a entrada não imagina o tamanho da casa, a beleza da decoração e nem sonha com o jardim aos fundos todo iluminado à noite, com uma passarela de madeira que nos guia até o mar. Lá na praia, têm-se a vista toda da beira-mar de São José e da ilha. A noite, um marzão com pontinhos cintilantes e de dia, um visual deslumbrante.
O clima do local por si só já é muito calmo e acolhedor, se não fosse ainda a comida maravilhosa.
Tive a oportunidade de apreciar um jantar todo harmonizado uma noite dessas. Foi uma orgia gastronômica! A começar pelas "3 supresas da Chef Joyce": Petit cuillière (uma colher pequena) com costela a l'anciene, cozida por dias que se d-e-s-m-a-n-c-h-a na boca e no seu caldo saborosíssimo, coberta de mostarda rústica com grãos moídos… Um Gaspacho (sopa fria) à moda Valenciana, a base de tomates e pimentão e um Carpaccio de Polvo (que nunca comi tão macio e delicioso) em emulsão de Pimientos de Piquillo ( um molho de pimentão espanhol).
Em seguida, foram servidos os pães feitos ali mesmo, um à base de água e sal, e uma Baguete Venoise à base de leite, que simplesmente se desfaz na boca, quente, recém-saída do forno, acompanhada de manteigas compostas temperadas, molinhas, que se derretiam no pão! Tudo isso harmonizado com um espumante geladíssimo!
Quando você acha que não pode ficar melhor, surgem as entradas! Sim, porque até agora foi só um aquecimento leve…
O pedi o Foie Gras poêlé em confiture de groselhas selvagens, com torrada integral também da casa. Esse prato foi o melhor da noite! São fatias de foie gras levemente selados acompanhados de uma geléia doce de groselhas… é MUITO bom! Harmonizado com Château Ramon de Monbazillac, um vinho que as uvas depois da colheita, são atacadas por uma praga a botrytis cinerea, que corrói a casca da fruta e acaba por concentrar o açúcar natural, tornando o vinho doce e perfeitamente compatível com esse prato. A sensação é de que havia um pouco do sabor do prato no vinho, e do vinho no prato. Uma delícia.
O prato principal da noite foi um delicioso Salmão em cocção unilateral na manteiga de tomilho com risoto de abobrinha verde! Delícia, delícia, delícia! E experimentei também o Ragú de ossobuco clássico com linguini… Que prato! Muito bem servido, a carne desfiada extremamente saborosa, se desmanchava na boca em contraste com a massa, perfeitamente al dente. Cada qual harmonizado com os vinhos escolhidos pelo sommelier Júnior.
Mesmo extremamente satisfeita, pois as porções são todas muito generosas, sempre há de se reservar um espacinho para a sobremesa. Como eu já havia tido a oportunidade de degustar o Mouelleux de chocolate, que é um dos melhores doces que provei na vida, um "bolo" de chocolate que de tão macio é como um mousse, aerado, leve e muito saboroso; optei pela releitura de um clássico regional (como está no menu): o Sagú de vinho ao crème anglàise.
Acho que agora esse passou a ser o meu preferido! O sagú, feito na calda de vinho branco é servido com uma bola de sorvete artesanal de uva! O crème anglàise, era aveludado, a base de ovos e baunilha, simplesmente deslumbrante! Acompanhado de um Moscatel, e o Mouelleux, acompanhado de um vinho do Porto que nunca tomei igual Tawny 10 Years Old Alto Douro, licoroso e estupendo, servido numa tacinha linda para licor mas alta e fina como uma taça de vinho.
Todos os pratos, lindamente servidos, foram ou decorados ou temperados usando ervas, flores e folhas cultivadas na horta orgânica do bistrot, que pode ser vista no jardim nos fundos. Detalhes assim, fazem toda a diferença…
Definitivamente o local e a comida fazem de qualquer jantar uma noite especial.
Foi uma noite inesquecível, e com certeza a primeira de muitas! Fiquei realmente encantada com o conceito do local, os sabores, a atmosfera e acho que tudo isso é fruto da paixão que a chef Joyce têm pelo que faz!
Joy Joy Bistrot
Gaspar Neves, 3153
Centro Histórico de São José
Começando pelo começo: o lugar é divino! O restaurante foi instalado numa casa antiga, geminada, ao lado de outros tantos casarões históricos no centro antigo de São José. Uma fachada gracinha, estreita e que esconde um mundo de sabores e sensações! Quem vê a entrada não imagina o tamanho da casa, a beleza da decoração e nem sonha com o jardim aos fundos todo iluminado à noite, com uma passarela de madeira que nos guia até o mar. Lá na praia, têm-se a vista toda da beira-mar de São José e da ilha. A noite, um marzão com pontinhos cintilantes e de dia, um visual deslumbrante.
O clima do local por si só já é muito calmo e acolhedor, se não fosse ainda a comida maravilhosa.
Tive a oportunidade de apreciar um jantar todo harmonizado uma noite dessas. Foi uma orgia gastronômica! A começar pelas "3 supresas da Chef Joyce": Petit cuillière (uma colher pequena) com costela a l'anciene, cozida por dias que se d-e-s-m-a-n-c-h-a na boca e no seu caldo saborosíssimo, coberta de mostarda rústica com grãos moídos… Um Gaspacho (sopa fria) à moda Valenciana, a base de tomates e pimentão e um Carpaccio de Polvo (que nunca comi tão macio e delicioso) em emulsão de Pimientos de Piquillo ( um molho de pimentão espanhol).
Em seguida, foram servidos os pães feitos ali mesmo, um à base de água e sal, e uma Baguete Venoise à base de leite, que simplesmente se desfaz na boca, quente, recém-saída do forno, acompanhada de manteigas compostas temperadas, molinhas, que se derretiam no pão! Tudo isso harmonizado com um espumante geladíssimo!
Quando você acha que não pode ficar melhor, surgem as entradas! Sim, porque até agora foi só um aquecimento leve…
O pedi o Foie Gras poêlé em confiture de groselhas selvagens, com torrada integral também da casa. Esse prato foi o melhor da noite! São fatias de foie gras levemente selados acompanhados de uma geléia doce de groselhas… é MUITO bom! Harmonizado com Château Ramon de Monbazillac, um vinho que as uvas depois da colheita, são atacadas por uma praga a botrytis cinerea, que corrói a casca da fruta e acaba por concentrar o açúcar natural, tornando o vinho doce e perfeitamente compatível com esse prato. A sensação é de que havia um pouco do sabor do prato no vinho, e do vinho no prato. Uma delícia.
O prato principal da noite foi um delicioso Salmão em cocção unilateral na manteiga de tomilho com risoto de abobrinha verde! Delícia, delícia, delícia! E experimentei também o Ragú de ossobuco clássico com linguini… Que prato! Muito bem servido, a carne desfiada extremamente saborosa, se desmanchava na boca em contraste com a massa, perfeitamente al dente. Cada qual harmonizado com os vinhos escolhidos pelo sommelier Júnior.
Acho que agora esse passou a ser o meu preferido! O sagú, feito na calda de vinho branco é servido com uma bola de sorvete artesanal de uva! O crème anglàise, era aveludado, a base de ovos e baunilha, simplesmente deslumbrante! Acompanhado de um Moscatel, e o Mouelleux, acompanhado de um vinho do Porto que nunca tomei igual Tawny 10 Years Old Alto Douro, licoroso e estupendo, servido numa tacinha linda para licor mas alta e fina como uma taça de vinho.
Todos os pratos, lindamente servidos, foram ou decorados ou temperados usando ervas, flores e folhas cultivadas na horta orgânica do bistrot, que pode ser vista no jardim nos fundos. Detalhes assim, fazem toda a diferença…
Definitivamente o local e a comida fazem de qualquer jantar uma noite especial.
Foi uma noite inesquecível, e com certeza a primeira de muitas! Fiquei realmente encantada com o conceito do local, os sabores, a atmosfera e acho que tudo isso é fruto da paixão que a chef Joyce têm pelo que faz!
Joy Joy Bistrot
Gaspar Neves, 3153
Centro Histórico de São José
3 de setembro de 2011
Almoço BBB: Bom, bonito e barato
Mais uma pérola gastronômica da ilha, desta vez muito bem escondida, e um tanto quanto distante do glamour e fama que envolvem alguns locais até aqui citados.
Se trata de um almoço despretensioso, para quem não quer gastar muito mas não abre mão de uma comida bem feita. Comida caseira, quentinha e muito saborosa. Um galetinho feito na brasa com tempero todo natural preparado ali mesmo, bem delicioso, acompanhado é claro de polentas fritas em palitos, maionese e salada de radicci com bacon! Tudo muito bem acompanhado e com um valor bem honesto, duas pessoas fazem a festa com 25 reais...
Pode-se ser considerado um confort-food, daquelas receitas e temperos que as bisavós, contam todos os segredos para as avós, que ensinam para as mães, e que chegam através de alguém que executa muito bem, despertando uma sensação de nostalgia através de uma comida simples e gostosa.
Para acompanhar, um bom chopp, que muito convenientemente é vendido no bar ao lado, em 4 ou 5 variedades dependendo do dia: Pale-Ale, Weiss, Bock e Pilsen geralmente, da Eisenbahn e da deliciosa Schornstein, cada qual em seu copo apropriado e devidamente gelados!
Por se tratar de um restaurante numa praça de alimentação dentro de um mercado, o ambiente não é o maior atrativo, mas nada que desmereça de forma alguma essa refeição caprichada.
Vale a pena experimentar!
Galletini ao Primo Canto
Praça de alimentação do Bistek na Costeira do Pirajubaé
Retirado de:wp.clicrbs.com.br/betobarreiros |
Retirado de: wp.clicrbs.com.br/betobarreiros |
Para acompanhar, um bom chopp, que muito convenientemente é vendido no bar ao lado, em 4 ou 5 variedades dependendo do dia: Pale-Ale, Weiss, Bock e Pilsen geralmente, da Eisenbahn e da deliciosa Schornstein, cada qual em seu copo apropriado e devidamente gelados!
Por se tratar de um restaurante numa praça de alimentação dentro de um mercado, o ambiente não é o maior atrativo, mas nada que desmereça de forma alguma essa refeição caprichada.
Vale a pena experimentar!
Galletini ao Primo Canto
Praça de alimentação do Bistek na Costeira do Pirajubaé
Casa Bar Choperia
Praça de alimentação do Bistek na Costeira do Pirajubaé
2 de maio de 2011
Buenos Aires: comida maravilhosa
Que a capital portenha é um ótimo passeio, até por ser uma viagem relativamente curta com vôos diretos de Florianópolis, isso todo mundo já sabe. E que a gastronomia de lá impressiona no sabor e nos valores acessíveis também. Mas alguns lugares especiais valem ser visitados e desvendados. Seguindo algumas dicas de outros blogs gastronômicos e guias de publicações renomadas, outros foram descobertas ao acaso (essas costumam ser excelentes) o feriado de páscoa foi recheado de refeições saborosíssimas e com uma atmosfera deliciosa.
Mas vamos logo ao que interessa: a comida. Quero falar de um local muito especial, o Crizia! Vou começar já pelo top, por que esse lugar é top mesmo! Localizado em Palermo SoHo, é um restaurante bem contemporâneo, o lugar é super legal, o atendimento mesmo é demais, você tem a sensação que o garçom da sua mesa está ali somente para atender a sua mesa, não precisar chamar, esperar, etc., e no final te acompanha até a porta, fechando a noite com chave-de-ouro.
Recomendo fazer reservas antes de aparecer por lá. O lugar é badalado mesmo, como tudo lá por Buenos Aires. Tanto que sentamos numa espécie de balcão, era o Oyster Bar (mesmo tendo feito reserva antecipada) muito cool, de frente para o bar e o local onde ficam os frutos do mar (especialidade do local) com diversos molhos e temperos numa cama de gelo e sal grosso muito bonita. A iluminação confere toda um clima muito intimista, apenas um facho de luz repousa sobre cada mesa, vc praticamente só enxerga o que está à sua frente, e os maravilhosos pratos é claro! Talheres lindos, guardanapos de tecido do tamanho de uma fronha, e o meu drink preferido: um Kir Royal belíssimamente executado!
Para a entrada, escolhemos Lagostines Crocantes en Panko. Sensacionais camarões gordos e adocicados (isso significa fresquíssimos), por fora ultra-crocantes, empanados em uma massa que se desmanchava na boca (uma farinha japonesa de migalhas de pão), acompanhado de um molho de salsa, abacate e limão.
Os pratos escolhidos foram: Cordeiro à Patagônia: um m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o carré de cordeiro cozido lentamente por 4h, servido com cuscuz marroquino e tomate à provençal e um Risotto de Camarão e Mascarpone. Nem preciso dizer que estavam divinos! Camarões grandes, macios e adocicados vão muito bem com a levíssima acidez do queijo. O cordeiro se desmanchava na boca e fica uma delícia com cuscuz, e estava realmente divino ( não achei foto que fizesse jus a essa delícia).
Foi uma noite inesquecível. E se você curte harmonizar tudo isso com algum vinho, eles têm uma seleção excelente de vinhos argentinos segundo outros blogs.
De sobremesa até resolvemos experimentar a tal "trilogia de Crème Brûlée" um tradicional, um de pistache e um de lima, mas nada que se compare aos pratos. O que recomendo mesmo é sair dali caminhando e encontrar o Freddo mais próximo, é a melhor pedida! (já me deu água na boca, esse fica pro próximo post!)
Se estiver por BsAs:
Crizia
Gorriti, 5143 - Palermo SoHo, Buenos Aires
Retirado de: www.design-se2008.blogspot.com |
Recomendo fazer reservas antes de aparecer por lá. O lugar é badalado mesmo, como tudo lá por Buenos Aires. Tanto que sentamos numa espécie de balcão, era o Oyster Bar (mesmo tendo feito reserva antecipada) muito cool, de frente para o bar e o local onde ficam os frutos do mar (especialidade do local) com diversos molhos e temperos numa cama de gelo e sal grosso muito bonita. A iluminação confere toda um clima muito intimista, apenas um facho de luz repousa sobre cada mesa, vc praticamente só enxerga o que está à sua frente, e os maravilhosos pratos é claro! Talheres lindos, guardanapos de tecido do tamanho de uma fronha, e o meu drink preferido: um Kir Royal belíssimamente executado!
Para a entrada, escolhemos Lagostines Crocantes en Panko. Sensacionais camarões gordos e adocicados (isso significa fresquíssimos), por fora ultra-crocantes, empanados em uma massa que se desmanchava na boca (uma farinha japonesa de migalhas de pão), acompanhado de um molho de salsa, abacate e limão.
Retirado de www.flickr.com/photos/tony-chen |
Foi uma noite inesquecível. E se você curte harmonizar tudo isso com algum vinho, eles têm uma seleção excelente de vinhos argentinos segundo outros blogs.
De sobremesa até resolvemos experimentar a tal "trilogia de Crème Brûlée" um tradicional, um de pistache e um de lima, mas nada que se compare aos pratos. O que recomendo mesmo é sair dali caminhando e encontrar o Freddo mais próximo, é a melhor pedida! (já me deu água na boca, esse fica pro próximo post!)
Se estiver por BsAs:
Crizia
Gorriti, 5143 - Palermo SoHo, Buenos Aires
14 de abril de 2011
Churrasquinho esperto
Alcatra Bovina. Retirada de www.meinhaus.com.br |
O lugar é legal, churrascaria típica, com batidinhas de côco e maracujá na entrada, cerveja e chopp Eisenbahn e vários acompanhamentos gostosos… Servem a la carte e de acordo com o peso da carne que você quiser, pode-se inclusive ir até a churrasqueira e escolher a peça que mais agradar. A grande estrela é a Alcatra de Búfalo. Que coisa deliciosa é essa carne extremamente macia, saborosa, com sabor bem diferente da bovina ( muito bem preparada lá também), a maioria das peças contém além de alcatra: picanha, maminha e filé mignon. Essa é uma carne muito gostosa e bem saudável, se comparada à alcatra bovina, pois tem baixíssimos índices de gordura e colesterol. Mas o importante mesmo é que é muito boa e se desmancha na boca!
Para acompanhar essa maravilha (que deve ser servida ao ponto menos ou ao ponto) um pãozinho de trigo crocante (com ou sem alho), manteiguinha, maionese e queijo na brasa. Ainda pode acompanha a salada e farofa. O serviço é eficiente, a comida não demora e a carne vem fumegando direto para a mesa. Um ponto bem positivo é que o dono, Seu Arno, sempre presente, de olho no atendimento e na qualidade, garante que tudo saia corretamente e que você volte.
Retirado de: www.frozfrut.com.br |
Na volta, depois do cafezinho a sugestão é tomar uma sobremesa bem gostosa, febre desse verão, um yogurt frozen especial ali perto. No Kobrasol, tem um delicioso, diferente desses de franquia, com receita própria, textura e sabor bem gostosos. Ali você vai encontrar somente um sabor do sorvete, o de yogurt natural, branquinho (puro ele é delicioso também), inúmeras coberturas, mas com um diferencial: você escolhe alguma fruta como blueberry ou frutas vermelhas, e eles maceram na hora e o sorvete sai com cor e sabor diferente! Vale a pena conhecer!
Vai lá!
Churrascaria Mein Haus
Rua Papa Joao XXIII, 25 Campinas, São José
Froz Frut Iogurteria
Rua Koesa, 255, sala 2 Kobrasol - São José/SC
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